sexta-feira, 2 de outubro de 2009

Olimpíadas 2016: precisamos de pessoas de confiança

O Rio de Janeiro será palco da grande festa que acontecerá em 2016. Flávio Prado, da Jovem Pan Online, afirma que é preciso ter pessoas de boa índole para administrar as financias, já que até agora a verdade não foi revelada sobre a verba dos jogos Pan-Americanos. Confira o comentário.

A MÃO E A LUVA

Do Livre Pensador

As Olimpíadas de 2016 serão no Rio de Janeiro. Bom para o Brasil, bom para Lula e bom para Nuzman, caso esteja vivo daqui pra lá. A candidatura do Rio prosperou pela excelente desenvoltura de Lula nas relações exteriores nos últimos anos? – Talvez. Mas com certeza ajudou consideravelmente. A oportunidade chegou na hora certa. Assim como Lula nas diversas tentativas de ser presidente da república, trazer os jogos olímpicos para o Brasil não foi empreitada fácil; foram várias tentativas frustradas até a cartada final. O Brasil tornou-se a menina Guiomar do romance de Machado de Assis.

Publicado em 1874 “A mão e a luva” é uma obra que tem também um quê de pessimismo, ou ao menos, uma desilusão com o caráter humano. O enredo trata de uma garota determinada e segura de si, de origem humilde e simples que se vê a “fortuna” dar-lhe oportunidade de ascender socialmente e busca manter-se assim após (ou através de) o casamento. É pretendida por três homens: o sincero e romântico Estevão, que carrega em si todos os estereótipos dos heróis românticos, sendo tratado pelo narrador como apaixonado e sincero, porém patético. O previsível, vazio e medíocre Jorge, muito próximo à menina porém sem brilhantismo. E o astuto e ambicioso Luís Alves (único com nome e sobrenome!), homem sóbrio determinado, com aspirações políticas e sociais fortíssimas. Frente a isso, a união entre a menina Guiomar e Luís Alves é tão certeira como o ajuste entre a Mão e a Luva.

Em 2016, dois anos após a realização da Copa do Mundo de futebol, o Brasil saberá se este casamento deu certo. Daqui pra lá quem sabe o Lula esteja na presidência novamente. Carlos Arthur Nuzman, presidente eterno do COB (Comitê Olímpico Brasileiro), e sua patota viajando pra lá e pra cá às custas do governo sabe muito bem que “bajular” é preciso – pois aparência vale mais do que resultados. Serão quase 30 bilhões investidos em obras e infraestrutura, tal qual foi realizado (guardando as devidas proporções), com os jogos panamericanos em 2007, também no Rio. Quem vai sair ganhando com isso? Empreiteiras, corporatocracia, lobistas, políticos corruptos? Melhor do que o sonho de medalhas é investir naquilo que os governantes mais protelam e se desculpam por falta de verbas: a educação, a saúde e a segurança pública. Os políticos, assim como na obra de Machado de Assis, se comportam como o personagem Luís Alves, agem no dia-a-dia como Jorge e em épocas eleitoreiras se passam como Estevão. 2014 e 2016 serão anos muito bons para alguns e excelente para poucos. Será uma mão na luva para os privilegiados de plantão. Parabéns ao Rio de Janeiro!

E que venham as Olimpíadas de 2016!

Do Livre Pensador

Somos um país emergente!

Quando falamos em terceiro mundo, certamente estamos falando de pobreza, miséria, elevada carga tributária, subemprego, desemprego, insegurança e falta de segurança, corrupção, ditadura, democracia populista, democracia autocrática, etc.

Tudo isso nos parece bastante familiar por aqui pelas américas sulistas, para não extrapolar nosso território. Mas isso não nos atinge, não na cabeça do nosso presidente, se não vejamos:

Por aqui não ouvimos ironias e inadequadas afirmações do nosso governante. Por aqui a falta de educação não é venerada pelos políticos, como forma de aproveitamento dela para angariar votos fáceis. Por aqui o povo não recebe esmola como forma de compensação pela miséria que ele vive. Por aqui nosso governante não se esconde das responsabilidades do seu próprio governo. Por aqui não gastamos bilhões em aviões que demonstram serem vulneráveis, em substituição ao investimento em uma boa educação, saúde e segurança. Por aqui nosso governante não se aproveita de um fato que só vai (se for) se transformar em realidade, quando ele já estiver desfrutando da sua afortunada aposentadoria, para eleger sua substituta. Por aqui, nós valorizamos a nossa indústria e não exportamos nossos comodities. Por aqui não precisamos trabalhar um terço do ano para pagar nossa carga tributária. Por aqui nosso senado é dirigido por um lider de caráter ilibado. Por aqui as falcatruas dos políticos são punidas exemplarmente, e por ai vai.

Somos um país evoluído, somos um país emergente! Mas, do terceiro mundo não, não é mesmo Presidente Lula!

FMI: O IMPÉRIO DAS CRISES

O Wellington Lisboa de Sena, do Blog Livre Pensador, fez uma reflexão bastante plausível sobre a relação entre a crise mundial atual e seus articuladores.
Mas para nós essa crise só foi uma marolinha, não foi mesmo Presidente Lula? Foi!

Do Livre Pensador

Há exatamente um ano atrás (Setembro de 2008) dava-se início a uma das recessões mais críticas das últimas décadas. Quebra de bancos, crise no mercado imobiliário dos EUA, bolsa de valores à banca-rota! E daí uma quebradeira generalizada por todo o mundo: empresas indo à falência, crédito escasso, juros altos, tributação elevada e consumo reduzido. Tudo isso não seria verdade se não fosse eles mesmos, sim, o FMI e o Banco Mundial protagonizadores de uma crise que já estava mapeada há mais de 2 anos atrás nas últimas reuniões do Clube Bilderberg (2006/2007). Lá eles, a elite mundial de banqueiros e magnatas do petróleo, definiriam o preço do barril do petróleo a 150 dólares e uma oferta de crédito indiscriminada para que o mercado imobiliário estadunidense entrasse em colápso por não conseguirem honrar os compromissos financeiros assumidos.

Agora, como num passe de mágica, após exatamente 1 ano do início da crise, o Fundo Monetário Internacional (FMI) melhorou nesta quarta-feira (1) as previsões para a maioria dos países e disse que a economia mundial finalmente está saindo da recessão profunda, puxada por uma retomada vigorosa na Ásia. Alertou, no entanto, que a recuperação enfrenta muitas dificuldades. Simples assim! – Acreditem se quiserem. Também assegurou um papel de destaque para o Brasil na recuperação em 2010 da América Latina. Nós, los macaquitos, segundo o Diretor-Geral do FMI, Strauss-Kahn, estaremos muito bem na fita no último ano do governo lulista.

Para o FMI, o Brasil será a locomotiva da economia regional, com um crescimento negativo em 2009 (-0,7%), mas que chegará a +3,5% em 2010 graças ao amplo mercado interno e às exportações e mercados diversificados, e especialmente às relações com a Ásia. Nada mal para quem anda fazendo lambanças no campo diplomático. Mas temos que atentar que são apenas previsões, números! Eles, os engravatadinhos do seleto clube dos poderosos, que de dentro de uma sala rodeados por bajuladores também poderosos, são especialistas em começar e terminar uma crise. E que se danem o resto do mundo, os pobretões, os lulistas e chavistas; o importante é lucrar! Eles, os megainvestidores e banqueiros, foram os únicos que se deram bem nesta “crise mundial” sim, pois a crise não era deles e sim nossa. Nós é que temos que diariamente pagar o pato, ou seja, o peru, o champagne e as deliciosas mulheres que eles consomem ao preço de banana. Esse é o capitalismo democrático.